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sábado, 27 de junho de 2020

Situação, oposição e outra facção



Pelo título já dá para saber sobre o que é que eu estou falando, principalmente em um período eleitoral quando grupos políticos se posicionam e traçam estratégias para se manterem ou tomarem o poder. Quando se está fora do poder se rotula de oposição. Mas oposição a que mesmo?

Ser “oposição” no mundo político é se opor a um modelo de gestão, uma ideologia, uma forma de administrar . Então nesse post vou deixar de analisar a “situação” e focar na postura da “oposição” e seu importante papel no sistema político, pois não exite democracia sem o contraditório, sem o pensamento diverso.

Contudo, não vejo a política como se fosse uma moeda com apenas duas faces. Para mim existe também uma terceira vertente: a que quer o poder para fazer a mesma coisa. Então, vejo a política dividida em três grupos: situação, opositores e os que querem o poder pelo poder, ou seja, não são oposição e nem aceitam quem está no poder, mas chegando lá vão fazer a mesma coisa, pois o que importa é “quem está no poder” e não a forma como se governa.

Assim, acredito que existe situação, oposição e outra facção, esses últimos são os que só criticam em época de eleição, mas chegando lá farão exatamente a mesma coisa dos seus antecessores. Muitos já perceberam essa sutil diferença e querem se diferenciar se autodenominando de “a verdadeira oposição”, mas nem esses agem como se denominam.

Então não dá para chamar de oposição todos os que estão fora do poder, e é essa postura que o eleitor tem que analisar para não ficar trocando seis por meia-dúzia, ou seja, tem que analisar se esses que estão pleiteando o poder na verdade também têm a mesma postura administrativa e política dos que estão deixando os cargos.

Se o eleitor quer realmente mudar a forma de administrar, então tem que saber qual o posicionamento dos demais candidatos e grupos políticos, pois quem é oposição é porque se opõem a alguma coisa, então esses têm que mostrar o outro lado da moeda. Se não aceitam o modelo político-administrativo em vigor, então que mostrem como se faz e combatam incansavelmente o modelo em vigor. Isso é a verdadeira oposição.

Não dá mais para ficar posando de opositor aquele que não se posiciona como tal, que não critica, que não mobiliza a população, que não mostra os erros e que quer chegar apenas nos palanques em período eleitora e “meter o pau” e quando chega lá, mostra que tem os mesmos posicionamentos e os mesmos atos, ou seja, não era oposição, mas apenas fazia parte de “outra facção” que queria o poder.

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